Viagens: Cusco, Águas Calientes e Machu Picchu

Enquanto estava planejando minha viagem, achei bastante informação sobre Machu Picchu, porém, cada uma em um site diferente, tudo misturado. Tive que pesquisar bastante para poder entender como funcionava, além de contar com a ajuda de dois amigos que já foram para lá. Por isso, gostaria de esclarecer algumas dúvidas aqui, todas num post só:

Antes de mais nada: quem vai para o Peru com a intenção de visitar as ruínas de Machu Picchu normalmente vai para Cusco, pois é a cidade onde tem o aeroporto mais próximo – na verdade, é feita a escala em Lima (capital do Peru), pois não há vôos diretos do Brasil para Cusco.

Porém, Cusco ainda é um pouco longe das ruínas. De lá, é necessário pegar um ônibus mais um trem até Águas Calientes, o vilarejo mais próximo de Machu Picchu – isso para quem decide fazer o trajeto com a Peru Rail e este serviço bimodal é implantado como parte da política de segurança da empresa durante a temporada de chuvas (janeiro a maio).

Abaixo, foto da rua principal do vilarejo de Águas Calientes.

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São duas empresas que levam os turistas até Águas Calientes: a Inca Rail (http://incarail.com/ ) e a Peru Rail (http://www.perurail.com). Nós escolhemos a Peru Rail, pois a Inca Rail só parte de Ollantaytambo para Águas Calientes e teríamos que pegar um transporte de Cusco até lá por conta própria.

Dizem que vale a pena visitar Ollantaytambo, porém, como tínhamos apenas quatro noites no Peru, decidimos ir direto para Macchu Picchu.

O trajeto feito pela Peru Rail foi o seguinte: pegamos um ônibus de Cusco (estação Wanchaq, muito perto do nosso hostel e do centro de Cusco) até Pachar, onde trocamos para um trem, que nos levou até Águas Calientes, mas antes fez uma parada em Ollantaytambo para pegar mais passageiros. Normalmente, ao invés de parar em Pachar para fazer a troca, eles param em Poroy, mas também por causa das chuvas, houve essa alteração de estações.

Além do fato de que o aeroporto fica em Cusco, muitas pessoas escolhem ficar lá também, pois há poucas opções de hotéis e tudo é mais caro em Águas Calientes.

A maioria dos turistas apenas dorme em Águas Calientes no dia anterior à visita à Machu Picchu para poder acordar bem cedo e aproveitar o dia no sítio arqueológico – foi isso o que fizemos, como explico mais abaixo.

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De Águas Calientes para Machu Picchu, é preciso pegar um micro-ônibus, que leva de 30 a 40 minutos até o parque e custa U$19 ou 53,30 soles. Há também a opção de contratar os passeios e fazer a trilha até lá, mas decidimos ir de ônibus mesmo, pois achamos que teríamos que subir a Machu Picchu Mountain depois e não teríamos tanta disposição assim!

Agora que está tudo esclarecido, vou explicar o que fizemos.

Passamos a primeira noite em Cusco; nosso vôo chegou lá 12h40 e aproveitamos para passear pela belíssima Plaza de Armas (foto abaixo) e pelo Centro Artesanal de Cusco. No dia seguinte, às 8h, pegamos o ônibus e o trem para Águas Calientes e ficamos duas noites lá, do dia 13 para o dia 14/03 e do dia 14 para o dia 15/03.

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A visita a Machu foi feita no dia 14/03. Foi tudo bem pensado meses antes da nossa viagem. Achávamos que seria um passeio exaustivo e que chegaríamos lá cedo e voltaríamos tarde. Por isso já dormimos em Águas Calientes uma noite antes e dormimos de novo na noite após o passeio – pois achamos que seria muito cansativo pegar um trem de volta para Cusco após o longo dia nas ruínas.

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Mas na verdade foi menos cansativo do que pensávamos. Chegamos em Machu Picchu às 6h40 e saímos de lá às 10h. Isso porque fizemos um passeio guiado que durou mais ou menos uma hora e meia – ao chegar na entrada, recebemos um mapa e só aí fui entender como funcionava lá dentro , como explico mais abaixo.

Ao ver o mapa, achei que seria melhor contratar o serviço do guia, pois poderíamos nos perder lá dentro – sem contar que estava uma neblina, quase impossível de enxergar qualquer coisa! Então pagamos 20 soles cada e fizemos a tour com o guia. Na verdade, achei interessante por causa da história que ele vai contando, mas percebi – principalmente depois que a neblina foi passando – que não teria como se perder lá dentro. São muitas pessoas, vários grupos, poderíamos ir seguindo o fluxo e economizar 40 soles!

Bom, mas o mais importante e o que eu só vim a entender quando cheguei lá é que para ter aquela vista “clássica” que vemos nas fotos, não era preciso escolher subir em nenhuma montanha. É assim: quando compramos as entradas (https://www.ticket-machupicchu.com/), temos as seguintes opções, como pode ser visto no link acima: somente Machu Picchu, Machu Picchu + Wayna Picchu, Machu Picchu + Machu Mountain ou Machu Picchu + Museu.

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Após algumas pesquisas, descobri que aquela montanha que aparece nas fotos clássicas é a Wayna Picchu, portanto descartei a opção de subir nela, afinal eu queria ter a vista com ela de fundo. Ainda durante minhas pesquisas, li em algum lugar que para ter tal vista, era preciso suir a outra montanha: a Machu Mountain. Portanto, escolhi a opção Machu Picchu + Machu Mountain. Mas, como já citei acima, não era necessário subir essa montanha. Era só comprar o  pacote normal e, ao chegar àquela casinha chamada “Recinto del Guardián” (destacada na foto abaixo do mapa de Machu Picchu), teríamos a famosa vista. Portanto, após conhecermos todo o sítio arqueológico e tirarmos as fotos que queríamos, desistimos de subir a Machu Mountain – seriam 2 horas de subida mais a descida e já estávamos com bastante fome.

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Na verdade, quando saímos de lá, descobrimos que poderíamos sair e entrar de novo quando quiséssemos, que as entradas valiam para o dia todo – bem na saída/ entrada, tem banheiros, uma lanchonete, um restaurante e algumas lojinhas, mas tudo é muito mais caro lá e mesmo que não fosse, estávamos cansadas e realizadas já, portanto voltamos para Águas Calientes por volta das 10h30.

Só queria abrir um parêntese para dizer que os ingressos não são vendidos na entrada de Machu Picchu, somente na cidade de Águas Calientes ou pela internet, como fizemos e como expliquei colocando o link acima. Neste link vocês podem ver os preços das entradas também. Quanto às passagens de trem, pagamos U$ 165 cada (ida e volta) – sim, um pouco caro, mas vale a pena.

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Bom, Águas Calientes é uma vila bem pequena com cerca de 1600 habitantes e é possível conhecer tudo a pé em apenas uma tarde – ou talvez em uma hora. Há apenas uma praça, hotéis, restaurantes, lojinhas etc lá – sem mais atrações – e eles vivem exclusivamente para o turismo, pois quem vai para a “velha montanha” deve obrigatoriamente passar por lá.

Como não há muito o que fazer por lá e tudo é muito caro, achei que não precisávamos ter ficado duas noites lá. Só a noite anterior para poder ir a Machu Picchu bem cedo já seria suficiente. Ainda mais levando em conta que voltamos de lá bem mais cedo do que esperávamos, então poderíamos ter pegado o trem de volta para Cusco à tarde. Mas enfim, não tinha como mudar as passagens e os hotéis já estavam reservados.

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Na verdade, é bem gostoso andar por Águas Calientes, mesmo que seja pequena. O único problema foi que tivemos pouquíssimo tempo em Cusco. Pegamos o trem de volta no dia 15/03, às 15h20 e chegamos às 19h20 em Cusco. Não deu mais tempo de fazer muita coisa, tendo em vista que nosso vôo para Lima sairia no dia 16/03 às 14h. E há tantos outros lugares interessantes para conhecer que fazem parte da história dos Incas além de Machu Picchu, como o Vale Sagrado dos Incas, o parque arqueológico de Saqsayhuaman, o Templo do Sol (Qorikancha) etc.

É claro que Machu Picchu é considerado o mais importante deles, é uma das sete maravilhas do mundo e considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, além disso, nada é de graça e para entrar nesses outros parques, teríamos que desembolsar mais alguns soles. Mas mesmo assim eu gostaria de ter visitado os outros lugares… Mas pelo menos conseguimos ver a Cordilheira dos Andes no nosso caminho entre Cusco e Machu Picchu – aliás, que vista espetácular!

Bom, o que mais posso dizer? Não vou me prolongar e ficar contando a história dos Incas pra vocês, porque acho que o mais importante é dar as dicas para quem vai viajar até lá, quem tiver interessado na história pode saber mais detalhes consultando o sr. Google, certo? Hehe…

Só queria deixar aqui um link que achei bem legal e explica as “atrações” que ficam dentro do santuário Inca.

http://viajeaqui.abril.com.br/materias/atracoes-machu-picchu-peru#2

Espero ter ajudado e até a próxima! Aonde será que o destino vai me levar da próxima vez?


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